Profª. Joyce Morais Pianchão
De acordo com Simó e Roca (2003, apud Lugle, p.80)
[...] sem uma reflexão sobre a própria prática, esta se torna automática e corre o risco de distanciar-se cada vez mais da realidade mutante da sala de aula. A reflexão é a única via para melhorar o nosso trabalho.
Imagem copiada do blog Alfabetização em foco
A criança que tiver a sorte de encontrar um professor sensível aos seus questionamentos e anseios e que lhe proporcione experiências significativas, certamente terá maiores chances de enfrentar o amanhã como um verdadeiro desafio à sua inteligência, criatividade e emoção. E ao professor caberá o prazer de ter crescido junto, de forma quase despercebida, através de uma intensa e feliz relação interpessoal.(Revista do professor, 1996).
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Quanto mais as crianças puderem falar em situações diferentes, como contar o que lhe acontece em casa, contar histórias, dar um recado, explicar um jogo ou pedir informação, mais poderão desenvolver de maneira significativa.(Brasil, 1998, p.121).
Educar é mostrar a vida a quem ainda não a viu. O educador diz: “-Veja!” E, ao falar, aponta. O aluno olha na direção apontada e vê o que nunca viu. O seu mundo se expande. Ele fica mais rico interiormente. E, ficando mais rico interiormente, ele pode sentir mais alegria, que é a razão pela qual vivemos. Vivemos para ter alegria e para dar alegria. O milagre da educação acontece quando vemos um mundo que nunca se havia visto.
(Rubem Alves, 2003)
A vocação nasce com a gente, misteriosamente. Ela é o nosso caso de amor com algo que se faz. A diferença entre quem trabalha por profissão e quem trabalha por vocação: o primeiro trabalha pelo ganho, o segundo seria capaz de pagar para poder fazer o seu trabalho. Trabalha como quem faz amor, como quem brinca.
(Rubem Alves, 2003)
Não é próprio falar sobre os alunos...
[...] Por vários anos eu viajei diariamente de trem, de Campinas
para Rio Claro, onde eu era professor na antiga Faculdade de
Filosofia. No mesmo vagão viajavam também muitos professores a
caminho das escolas onde trabalhavam. Iam juntos, alegres e
falantes... Por anos escutei o que falavam. Falavam sempre sobre
as escolas. Era ao redor delas que giravam os seus universos.
Falavam sobre diretores, colegas, salários, reuniões, relatórios,
férias, programas, provas. Mas nunca, nunca mesmo, eu os ouvi falar sobre os seus alunos. Parece que nos universos em que viviam não havia alunos, porque os alunos não tinham importância.
para Rio Claro, onde eu era professor na antiga Faculdade de
Filosofia. No mesmo vagão viajavam também muitos professores a
caminho das escolas onde trabalhavam. Iam juntos, alegres e
falantes... Por anos escutei o que falavam. Falavam sempre sobre
as escolas. Era ao redor delas que giravam os seus universos.
Falavam sobre diretores, colegas, salários, reuniões, relatórios,
férias, programas, provas. Mas nunca, nunca mesmo, eu os ouvi falar sobre os seus alunos. Parece que nos universos em que viviam não havia alunos, porque os alunos não tinham importância.
Participei da banca que examinou uma tese de doutoramento cujo tema eram os livros em que, nas escolas, são registradas as reuniões de diretores e professores. [...] mas não havia registros de coisas relativas aos alunos. Os alunos: aqueles para os quais as escolas foram criadas, para os quais diretores e professores existem: ausentes. Não, não era bem assim...
os alunos estavam presentes quando se constituíam em perturbações da ordem administrativas. Os alunos, meninos e meninas, alegres, brincalhões, curiosos, querendo aprender, alunos como companheiros dessa brincadeira que se chama ensinar e aprender – sobre tais alunos o silêncio era total [...]
“Aquele que é um verdadeiro professor toma a sério somente as coisas que estão relacionadas com os seus estudantes – inclusive a si mesmo” (Nietzsche). Eu sonho com o dia em que os professores, em suas conversas, falarão menos sobre programas e pesquisas e terão mais prazer em falar sobre os seus alunos. (Rubem Alves, 2003).
“Aquele que é um verdadeiro professor toma a sério somente as coisas que estão relacionadas com os seus estudantes – inclusive a si mesmo” (Nietzsche). Eu sonho com o dia em que os professores, em suas conversas, falarão menos sobre programas e pesquisas e terão mais prazer em falar sobre os seus alunos. (Rubem Alves, 2003).
Referências:
ALVES, Rubem. Conversas sobre a Educação. Campinas. Verus Editora. 20003.
LUGLE, Andréia Maria Cavaminami. Fundamentos e metodologias do ensino da linguagem oral e escrita. Universidade Norte do Paraná. Curso normal superior: módulo 7. Londrina: UNOPAR: 2007. P.66-80.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretária de educação fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. - Brasília: MEC/SEF, 1998.
Oficina de Artes
Após a palestra, os professores se organizaram em grupos e foi proposto `a eles que se expressassem, usando as diversas linguagens, sobre a relação deles com seus alunos.
O resultado foi excelente! Ao final da oficina cada grupo deveria expor para os demais o trabalho realizado. O primeiro grupo apresentou um pequeno teatro retratando a sala de aula, como o professor deve se inteirar do interesse do aluno e construir com eles um conhecimento significativo. O segundo grupo utilizou-se da música Aquarela de Toquinho e Vinícius de Morais, apresentando-a em um cartaz com recorte e colagem de papéis coloridos. Construíram também uma bonita pipa com bonequinhos, simulando crianças fazendo uma viagem ao mundo do faz de conta. O terceiro grupo expôs atitudes que devem ser tomadas pelo professor para que haja uma feliz relação professor/aluno. Apresentaram cartazes que foram ilustrados com palavras chaves e figuras de revistas.
No dia seguinte...
Apresentei às crianças de minha turma do 2º ano os trabalhos realizados na oficina de professores, o cartaz com a música Aquarela de Toquinho eVinícius de Morais e a pipa (confeccionados pelos professores) simulando uma viagem de crianças. Pedi, depois de explorar a imaginação delas, que escrevessem sobre o material apresentado.O barco é tão bonito!
Cheio de amor e poesia.
É uma obra de arte cheia de encantos.
Este barco mostra as coisas lindas da vida.
O barco mostra a vida.
Pedro Lucas, junho/2009.
Cheio de amor e poesia.
É uma obra de arte cheia de encantos.
Este barco mostra as coisas lindas da vida.
O barco mostra a vida.
Pedro Lucas, junho/2009.
Uma viagem com uma pipa
Vi uma pipa voando.
Ela era colorida.
Quantas cores será que tem?
Vermelha, verde, preta, marrom!
Que pipa linda!
Eu fui para a escola e também fiz uma pipa.
Juan Pablo André, junho/2009.
Agradecimentos:
Agradeço pelos recursos tecnológicos e materiais utilizados na oficina à diretora Malu, da Escola Estadual Sandoval de Azevedo, às supervisoras Cidinha e Andréa , às professoras do 1º e 2º ano que participaram da oficina e aos meus alunos que se interessaram pelo material apresentando suas produções textuais.
Vi uma pipa voando.
Ela era colorida.
Quantas cores será que tem?
Vermelha, verde, preta, marrom!
Que pipa linda!
Eu fui para a escola e também fiz uma pipa.
Juan Pablo André, junho/2009.
Agradecimentos:
Agradeço pelos recursos tecnológicos e materiais utilizados na oficina à diretora Malu, da Escola Estadual Sandoval de Azevedo, às supervisoras Cidinha e Andréa , às professoras do 1º e 2º ano que participaram da oficina e aos meus alunos que se interessaram pelo material apresentando suas produções textuais.
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