Numa destas minhas caminhadas matinais, na Avenida
Andradas, em Belo Horizonte, eu seguia em passos rápidos enquanto os olhos
observavam pai e filho.
Pai jovem, acompanhava a aventura do seu filho
pequeno, com seus quatro ou cinco anos, na sua primeira bicicleta, assim
parecia ser. Dava para sentir a alegria e ansiedade do pai, que dava algumas
orientações ao filho, que de repente para, olha para seu pai e diz alto: Pai, dá para parar de falar?
O pai nada disse e seguiu ao lado do filho.
Por coincidência de cenas, em outro dia, no
mesmo lugar das minhas caminhadas, recordei a cena anterior, mas agora ali,
naquele instante, eu via um avô, muito bem disposto, que acompanhava seu neto,
também pequeno, em sua primeira bicicleta. O avô, ao contrário do pai, estava
muito a vontade.Tanto que se aventurou a dar uma corridinha e se distanciou um
pouco do neto, que seguia atrás, com dificuldade em manter-se na bicicleta.
De
repente, ele, o neto, perde o controle e cai no chão. Chama pelo avô. Até que
este lhe escute, ele já havia se levantado e muito indignado diz ao avô: Eu caí, vô! E você nem viu! E o avô
sorrindo, tranquilo respondeu: Tudo bem!
Você se levantou. Então vamos continuar a caminhada.
Desta vez, porém, o neto se colocou à frente do
avô. De vez enquando,olhava para traz
para ter certeza se ele o seguia.
Joyce Pianchão
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